Manter as florestas do mundo é crucial para o esforço global de mitigar as mudanças climáticas. Todos os anos, as florestas capturam e armazenam cerca de 15 por cento das emissões globais de dióxido de carbono do gás de efeito estufa.
“Se todos trabalharmos juntos para garantir que esses recursos preciosos sejam conservados ... as florestas têm o potencial de reduzir o carbono globalmente em mais de um terço”, disse o Presidente Joe Biden no evento “Acção sobre Florestas e Uso da Terra” da Conferência sobre Mudança Climática da ONU, realizada no início do mês em Glasgow, no Reino Unido.
“Conservar as nossas florestas e outros ecossistemas fundamentais é ... uma peça essencial para manter osnossos objectivos climáticos ao nosso alcance, bem como muitas outras prioridades que temos juntos: garantir água limpa, manter a biodiversidade, apoiar comunidades rurais e indígenas e reduziro risco de propagação de doenças”, disse o Presidente.
Portanto, faz sentido que o primeiro grande acordo a ser assinado na Conferência sobre Mudanças Climáticas, tenha sido sobre a conservação das florestas do mundo. Cerca de 100 líderes mundiais, incluindo Estados Unidos, Brasil, Canadá, República Popular da China, República Democrática do Congo, Indonésia, Rússia e Reino Unido, comprometeram-se a acabar e reverter o desmatamento até 2030. Os países desses signatários repondem por 85 por cento das florestas do mundo.
Os doadores também prometeram cerca de 19 mil milhões de dólares em fundos privados e públicos para esforços de conservação florestal, enquanto 28 países se comprometeram a garantir que o comércio de produtos muito importantes, como óleo de palma, cacau e soja, não contribua para o desmatamento.
Ao mesmo tempo, o Presidente Joe Biden revelou um novo plano do seu Governo para conservar e restaurar florestas e outros ecossistemas fundamentais em todo o mundo. “Os Estados Unidos ajudarão o mundo a cumprir a nossa meta comum de conter a perda de florestas naturais e restaurar pelo menos 200 milhões de hectares adicionais de florestas e outros ecossistemas até o ano 2030”, sulbinhou o Presidente Biden.
“Vamos trabalhar para garantir que os mercados reconheçam o verdadeiro valor económico dos sumidouros naturais de carbono e motivar governos, proprietários de terras e partes interessadas a priorizar a conservação. Trabalharemos para alinhar os fluxos de investimento do sector privado ... e as metas de conservação, incluindo a redução das causas do desmatamento, através de cadeias de abastecimento sustentáveis à procura de matérias primas mais mais sustentáveis”, garantiu o Presidente.
“Preservar florestas e outros ecossistemas pode e deve desempenhar um papel importante no cumprimento das nossas ambiciosas metas climáticas como parte da estratégia de emissões líquidas zero que todos nós temos”, reiterou o Presidente Biden, quem concluiu: “Estou confiante de que podemos fazer isso. Tudo o que precisamos fazer é reunir a vontade de fazer o que sabemos ser certo e sabemos que é necessário e sabemos que está ao nosso alcance”.