O golpe militar contra transição liderada por civis do Sudão em Outubro de 2021 demonstra que o progresso em direcção à democracia pode ser frágil, disseram Molly Phee, secretária de Estado Adjunta para Assuntos Africanos, e Isobel Coleman, administradora adjunta de Política e Programação da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, (USAID) em recentes depoimentos no Senado.
“Aplaudimos os sudaneses de todas as esferas da vida que continuam a sair às ruas com grande risco pessoal para exigir o governo civil e a democracia”, afirmou a secretária assistente Phee. A vice-administradora Coleman acrescentou: “Milhares de cidadãos corajosos arriscam as suas vidas quase diariamente para pôr fim ao Governo militar corrupto que ameaçou e oprimiu muitos deles durante toda a vida”.
Após a inspiradora revolução liderada pelos cidadãos do Sudão em 2018, o Governo dos EUA alargou a sua assistência, tornando-se o maior doador da transição democrática do Sudão. Essa assistência apoiou as principais reformas políticas e económicas para levar adiante a transição liderada por civis e mostrar ao povo sudanês que a democracia pode proporcionar um futuro viável e vibrante.
Após a traição dos militares aos seus compromissos com o povo, os Estados Unidos anunciaram uma suspensão da ajuda de 700 milhões de dóalres. Para ajudar o povo do Sudão a continuar a construir o seu futuro, a USAID continuou e ampliou as actividades de apoio à transição democrática do Sudão em três áreas principais: fortalecimento da liderança política civil, promoção do respeito pelos direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão e o direito de reunião pacífica, e apoio à exigência do povo sudanês pelo fim do longo domínio dos militares sobre a política e a economia.
Ao mesmo tempo, as necessidades humanitárias continuam a aumentar. As Nações Unidas estimam que aproximadamente 14,3 milhões de pessoas no Sudão, ou quase um terço da população, precisarão de assistência humanitária em 2022, um aumento de sete por cento em relação ao ano passado. Isso inclui aproximadamente 9,8 milhões de pessoas que enfrentam níveis de insegurança alimentar aguda com risco de vida.
Os Estados Unidos têm sido o maior doador humanitário do povo do Sudão. Nos anos fiscais de 2021 e 2022, o Governo dos EUA contribuiu com quase 429 milhões de dólares em financiamento para atender às necessidades básicas de refugiados, deslocados internos, membros das comunidades acolhedoras dos deslocados e outros. Os Estados Unidos continuarão a atender às imensas necessidades do povo sudanês e instarão outros doadores a se unirem a esses esforços.
O objectivo dos Estados Unidos continua a ser o de ajudar o povo do Sudão a conseguir as suas aspirações de liberdade, paz e justiça.