Mais consequências negativas de um ataque russo contra a Ucrânia

Antony Blinken na reunião da Comissão de Segurança da ONU, Nova Iorque, 17 Fevereiro 2022

Um tema emergente da agressão da Rússia contra a Ucrânia é o fornecimento de energia.

A Rússia fornece gás natural à Ucrânia, bem como à Europa Central, Meridional e Ocidental, através de muitos gasodutos, vários deles via a Ucrânia. À medida que o aumento massivo da presença militar da Rússia em torno das fronteiras da Ucrânia continua, a Rússia também estrangula o fornecimento de gás, um acção provocativa que começou no verão passado.

O Conselho de Energia EUA-União Europeia declarou durante a sua reunião de 7 de Fevereiro ser “inaceitável usar o fornecimento de energia como arma ou alavanca geopolítica”. Assim, os Estados Unidos e a União Europeia concordaram, mais uma vez, em trabalhar juntos para enfrentar qualquer ameaça potencial ao fornecimento de energia na União Europeia.

De facto, a Rússia usou uma interrupção no fornecimento de gás como um instrumento de castigo no passado. “Quando a Rússia interrompeu o fornecimento de gás para a Europa devido a uma disputa com a Ucrânia em 2009, pessoas morreram de frio”, disse o secretário de Estado Antony Blinken.

“Quando o fornecimento de energia falha, as economias vacilam. Estamos determinados a evitar que isso aconteça e a mitigar o impacto no fornecimento e nos preços de energia, caso a Rússia opte por cortar o fornecimento de gás natural para a Europa”, reiterou o secretário de Estado.

“Estamos a tomar medidas para garantir que o fornecimento global de energia não seja interrompido – esse também é um foco importante – caso a Rússia opte por usar o seu gás natural como arma, ao cortar o fornecimento à Europa ainda mais do que já fez”, afirmou o secretário Blinken.

“Estamos a discutir com governos e grandes produtores ao redor do mundo sobre o aumento da sua capacidade. Estamos envolvidos em negociações detalhadas com os nossos aliados e parceiros sobre a coordenação da nossa resposta, incluindo a melhor forma de implantar seus depósitos de energia existentes. Todo este esforço visa mitigar os choques de preços e garantir que as pessoas nos Estados Unidos, na Europa e em todo o mundo tenham a energia de que precisam, independentemente do que a Rússia decida fazer”, acrescentou Blinken.

Os Estados Unidos e a União Europeia apoiam uma Ucrânia forte e resiliente, e ambos sabem que a segurança energética é vital para uma Ucrânia soberana.

“A segurança energética está directamente ligada à segurança nacional, segurança regional, segurança global. A Europa precisa de energia confiável e acessível, especialmente nos meses de inverno. Estamos a trabalhar juntos… para proteger o fornecimento de energia da Europa contra choques de fornecimento, incluindo aqueles que podem resultar de novas agressões russas contra a Ucrânia”, concluiu o secretário de Estado americano Antony Blinken.