Os Estados Unidos condenam veementemente o assassinato do Presidente haitiano Jovenel Moïse e o ataque à primeira-dama Martine Moïse. O Presidente Joe Biden classificou a acção dos homens armados que invadiram a casa do Presidente haitiano nas primeiras horas de 7 de Julho de “hedionda” e reiterou que os Estados Unidosestão prontos “para ajudar enquanto continuamos a trabalhar por um Haiti seguro e protegido”.
O Haiti tem sido atormentado por desastres naturais, violência, corrupção e instabilidade política há décadas.
Após o assassinato do Presidente Moïse, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse numa conferência de imprensa: "Aqueles que procuram alcançar osseus objectivos políticos pela violência e subversão do Estado de Direito não terão sucesso em frustrar o povo haitiano do seu desejo por um futuro melhor. Instamos as autoridades haitianas a levar os responsáveis à justiça”, disse ele.
“Os Estados Unidos conclamam todos os partidos políticos, grupos da sociedade civil e partes interessadas a fazer oco ao que ouvimos do pedido do primeiro-ministro em exercício Claude Joseph por calma e a trabalharem juntos após esta tragédia para garantir a paz e a governança democrática”, continuou Price.
O porta-voz do Departamento de Estado enfatizou que a parceria entre os Estados Unidos e o povo haitiano e seu Governo eleito continuará. Ele observou que, em Janeiro de 2021, os Estados Unidos anunciaram mais de 75 milhões de dólares em fundos no ano fiscal de 2020. A assistência à saúde global visa promover o crescimento económico, criar empregos, estimular o desenvolvimento agrícola, fornecer serviços básicos de saúde e educação e melhorar a eficácia do Governo.
Ele disse que os Estados Unidos estão preparados para receber pedidos adicionais de assistência das autoridades haitianas após a morte do Presidente Moïse.
Questionado se as eleições previstas para este ano devem manter-se o porta-voz Price foi claro: “Ainda é opinião dos Estados Unidos de que as eleições este ano devem prosseguir. Sabemos que eleições livres e justas são o caminho democrático para acabar com um Governo irregular e prolongado do Haiti por decreto e restaurar o seu parlamento, cujo mandato já expirou. Eleições presidenciais livres e justas facilitarão uma transferência pacífica de poder para um presidente recém-eleito também”.
“Preservar as instituições democráticas do Haiti”, concluiu o porta-voz Ned Price, “é a chave para restaurar a paz”.