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Acordo nuclear: A diplomacia ainda é possível com o Irão


Negociações sobre o acordo com o Irão em Viena, Áustria
Negociações sobre o acordo com o Irão em Viena, Áustria

O Irão e Arábia Saudita, adversários por décadas numa série de disputas no Médio Oriente, decidiram avançar com discussões diretas.

“Esperamos que eles encontrem uma base para resolver os problemas entre os dois lados e vamos viver e trabalhar para perceber isso”, disse o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Príncipe Faisal bin Farhan al-Saud.

Os Estados Unidos aplaudiram a notícia.

“Nós acolhemos qualquer conversação directa que leve a uma maior paz e estabilidade na região”, disse Jennifer Gavito, subsecretária adjunta para o Irão e o Iraque no Escritório sobre o Médio Oriente do Departamento de Estado.

Também no interesse da paz e da estabilidade, os Estados Unidos deixaram claro, repetidamente, a sua esperança de que Teerão retome as discussões com os Estados Unidos e outros países P5 + 1 sobre o regresso dos EUA e do Irão ao acordo nuclear, conhecido como JCPOA. Houve seis rondas de discussões este ano em Viena, mas elas estão suspensas desde Junho e o Irão ainda não aceitou uma data para o seu reinício.

Nesse interim, as sanções nucleares dos EUA contra o Irão permanecem em vigor, enquanto Teerão alargou significativamente o seu programa nuclear além dos limites do JCPOA.

Numa recente conferência de imprensa, o secretário de Estado Antony Blinken disse que em Viena, os Estados Unidos “demonstraram nas conversas com parceiros europeus, com a China, com a Rússia, que estávamos totalmente preparados para voltar a cumprir o JCPOA se o Irão estivesse preparado para fazer a mesma coisa. E até o momento, [os iranianos] não demonstraram disposição para tal”.

“A bola está no campo deles, mas não por muito tempo”, disse o secretário de Estado.

“O problema que enfrentamos ... é que por causa do trabalho que o Irão está a fazer no seu programa nuclear em violação do JCPOA - girando centrífugas mais sofisticadas, acumulando depósitos de urânio enriquecido a 20 ou até 60 por cento – regressando assim a nível anterior ao JCPOA que, em algum momento, não não permitirão recuperar os benefícios do acordo”, disse o secretário de Estado.

Os Estados Unidos continuam a acreditar que a diplomacia é o melhor caminho para garantir que o Irão nunca obtenha uma arma nuclear.

“Mas há uma pista limitada e a pista está a ficar mais curta”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, quem concluiu: “A nossa esperança e expectativa é que todos os nossos países parceiros pressionem o Irão para retornar rapidamente e ver se ainda podemos recuperar o acordo de 2015”.

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