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Ataques dos houthis contra a Arábia Saudita minam perspectivas de paz


Vista do campo de deslocados de Marib, Iémen, 9 de Setembro de 2021
Vista do campo de deslocados de Marib, Iémen, 9 de Setembro de 2021

Os Estados Unidos condenaram veementemente os recentes ataques dos houthis contra a Arábia Saudita. A 31 de Agosto, um drone atingiu o aeroporto civil de Abha, ferindo oito civis e danificando um avião comercial. A 4 de Setembro, um ataque de míssil dos houthis atingiu a Província Oriental da Arábia Saudita, ferindo duas crianças e danificando várias casas.

Numa declaração por escrito, o secretário de Estado Antony Blinken observou que, desde o início de 2021, “a Arábia Saudita sofreu mais de 240 ataques dos houthis, que colocaram o povo saudita em perigo ao lado de mais de 70 mil cidadãos americanos que residem na Arábia Saudita”.

“Os houthis também intensificaram os seus ataques dentro do Iémen, particularmente na sua ofensiva em Marib”, disse o secretário Blinken. A 29 de agosto, um ataque de drones e mísseis à base aérea de Al-Anad, em Lahj, no Iémen, matou pelo menos 30 pessoas. A Missão dos EUA para o Reino da Arábia Saudita classificou o ataque de "escandaloso" e acrescentou que ameaçou "vidas, infraestruturas e as perspectivas de paz e estabilidade no Iémen".

A guerra no Iémen começou em 2014 quando os houthis tomaram a capital, Sana'a, e levaram o Presidente do Governo internacionalmente reconhecido ao exílio. A coligação militar liderada pela Arábia Saudita interveio no Iémen em 2015, apoiando as forças do Governo legítimo do Iémen. Em todos esses anos, pelo menos 233 milpessoas foram mortas, incluindo 131 mil de causas indiretas, como falta de alimentos, serviços de saúde e infraestrutura, de acordo com estimativas da ONU. O conflito originou um dos piores desastres humanitários do mundo, com cinco milhões de pessoas à beira da fome e mais de 20 milhões a necessitar de ajuda humanitária.

Em Março de 2021, a Arábia Saudita e o Governo da República do Iémen expressaram a sua disponibilidade para negociar um cessar-fogo no Iémen, mas a proposta foi rejeitada pelos houthis.

A administração Biden-Harris tem pressionado por uma resolução diplomática para o conflito. Na sua declaração, o secretário de Estado Antony Blinken disse que os ataques dos houthis “perpetuam o conflito, prolongando o sofrimento do povo iemenita e colocando em risco os esforços de paz em um momento crítico”.

“Apelamos aos houthis que mantenham um cessar-fogo e se envolvem nas negociações sob os auspícios da ONU”, concluiu o secretário de Estado.

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