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Bashar al-Assad, outra vez, apanhado a usar armas químicas


Danos em hospital em Atareb, cidade controlada pelos rebeldes no noroeste da Síria (21 Março 2021)
Danos em hospital em Atareb, cidade controlada pelos rebeldes no noroeste da Síria (21 Março 2021)

Um novo relatório da Equipa de Investigação e Identificação de Armas Químicas (IIT) da Organização para a Proibição de Armas Químicas acusa formalmente as forças militares sírias de usar armas químicas proibidas.

As armas químicas, usadas pela primeira vez urante a Primeira Guerra Mundial, matam e mutilam de forma indiscriminada. Elas provocam um sofrimento terrível e os sobreviventes, na sua maioria, ficam desfigurados e muitas vezes aleijados para o resto da vida.

A comunidade internacional proibiu o uso de armas químicas na guerra através doProtocolo de Genebra de 1925 e, posteriormente, estabeleceu normas abrangentes naConvenção de Armas Químicas, que proíbe o uso, desenvolvimento, produção, aquisição, armazenamento, retenção e transferência de armas químicas.

No entanto, repetidas vezes o regime de Bashar al-Assad usou essas armas, não apenas contra as forças opositoras, mas também intencionalmente contra civis.

De acordo com o relatório da Equipa de Investigação e Identificação de Armas Químicas (IIT) da Organização para a Proibição de Armas Químicas, na noite de 4 de Fevereiro de 2018, um helicóptero militar sírio lançou pelo menos uma bomba com gás cloro na cidade controlada pelos rebeldes de Saraqeb. Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas.

“Esta última descoberta não deve surpreender ninguém”, disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, em comunicado. “O regime de Assad é responsável por inúmeras atrocidades, algumas das quais atingem o nível de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. O regime tem respondido consistentemente com morte e destruição aos apelos do povo sírio por reformas e mudanças”, disse o porta-voz.

O regime de Assad e o seu principal apoiante, a Rússia, continuam a negar veementemente o uso de armas químicas pelas forças do Governo sírio e acusam os rebeldes de encenar ataques e fabricar provas. No entanto, disse o porta-voz Ned Price, "nenhuma campanha de desinformação ou teorias da conspiração ou distorção dos factos pelo regime ou seus apoiantes podem justificar os crimes de Assad."

“Os Estados Unidos condenam o uso de armas químicas, por qualquer pessoa ou instituição, em qualquer lugar e a qualquer hora”, reiterou o porta-voz do Departamento de Estado. “O uso de armas químicas por qualquer actor estatal ou não estatal representa uma ameaça inaceitável à segurança de todos os Estados e não pode ocorrer impunemente”, disse Ned Price.

O porta-voz enfatizou ainda que “todas as nações responsáveis devem se solidarizar contra o uso de armas químicas, preservando a norma global contra esse uso; e devemos estar prontos para responsabilizar o regime de Assad e qualquer pessoa que escolha usar essas armas horríveis”.

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