Na recente viagem do secretário de Estado Mike Pompeo ao Médio Oriente, dois temas emergiram como importantes: o primeiro é a certeza de que mais países da região se juntarão a Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Sudão nos Acordos de Abrãao e normalizarão as suas relações com Israel; o segundo é que a região foi unificada no reconhecimento da ameaça representada pelo regime agressivo do Irão.
Ao falar em Jerusalém antes de uma reunião com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e o ministro das Relações Exteriores do Bahrein, Abdullatif bin Rashid Al Zayani, o secretário Pompeo disse: “Estes acordos são importantes por muitas razões, importantes para todo o mundo ... Estes acordos abrem oportunidades maravilhosas para o comércio e o desenvolvimento económico ... Estes acordos também dizem a actores perniciosos como a República Islâmica do Irão que a sua influência na região está a diminuir e que eles estão cada vez mais isolados, para sempre, a menos que [os líderes do Irão] mudem de direcção”.
Numa entrevista em Abu Dhabi para a televisão Al-Arabiya, o secretário Mike Pompeo afirmou que mais países na região farão a sua escolha “no seu próprio tempo” para aderir aos Acordos de Abrãao “porque é a coisa certa a fazer a favor das suas nações, porque aumentará a prosperidade e a segurança deles”. Ele observou ainda que anteriormente acreditava-se que a paz só poderia ser alcançada se os problemas entre Israel e os palestinianos fossem resolvidos na sua totalidade. “Isso foi fundamentalmente errado”, disse ele. “Não reconhecia a realidade. A realidade é que agora os Estados do Golfo e Israel reconhecem que enfrentam uma ameaça comum do Irão”.
Noutra entrevista em Abu Dhabi à revista National Review, o secretário Mike Pompeo enfatizou a importância de se resolver o conflito israelita-palestiniano, mas disse: “Não podemos ficar parados como estivemos durante 40 anos e permitir que esse conflito seja a pré-condição para uma esforço maior de paz e estabilidade”.
O secretário de Estado Mike Pompeo classificou os Acordos de Abrãao de "um marco para o futuro do Médio Oriente". Foi necessário “envolvimento e liderança americanos”, disse o secretário Pompeo. “E quando fizermos isso, quando a América for uma força para o bem em todo o mundo, inclusive no Médio Oriente, outras nações vão querer ficar ao nosso lado e farão as escolhas certas, incluindo a escolha de parceria com Israel para sua prosperidade”.