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Dez anos de devastação na Síria


Hospital danificado em zona sob controlo rebelde de Atareb, Síria (21 Março 2021)
Hospital danificado em zona sob controlo rebelde de Atareb, Síria (21 Março 2021)

Há dez anos, o povo sírio saiu às ruas pacificamente para pedir o fim da corrupção governamental e o respeito pelos direitos humanos. As suas aspirações legítimas foram reprimidas com violência pelo regime de Bashar al-Assad, quando as forças militares dispararam contra manifestantes pacíficos e pró-democracia.

Nos últimos 10 anos, centenas de milhares de sírios foram mortos, mais de 100 mil presos e milhões deslocados das suas casas.

“É impossível compreender totalmente a extensão da devastação na Síria”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, “mas o povo suportou alguns dos maiores crimes que o mundo já testemunhou neste século”. Os actos do regime de Assad incluíram ataques químicos e com bombas colectivas, cercos, execuções extrajudiciais, detençao arbitrária, tortura e uso de crianças no conflito.

O secretário-geral António Guterres disse que a ONU continuará à procura de um acordo político negociado à luz da Resolução 2254 do Conselho de Segurança, que endossa um guião para uma transição política, que inclui um cessar-fogo, eleições livres e justas e a libertação de sírios sujeitos a arbitrariedades.

Os Estados Unidos também continuam comprometidos com um acordo político. No 10o. aniversário do início dos protestos sírios, o secretário de Estado dos Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, da França, da Alemanha e da Itália emitiram uma declaração conjunta na qual comprometem-se a “revigorar a procura para uma solução pacífica que proteja os direitos e a prosperidade futura de todos os sírios, com base na Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU”.

“Um progresso claro em direcção a um processo político inclusivo e o fim da repressão ao povo sírio é essencial”, escreveram aqueles responsáveis, que concluíram:“Não podemos permitir que esta tragédia dure mais uma década”.

Numa conferência de imprensa, o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price observou que Bashar al-Assad tem estado no centro do sofrimento e do desastre humanitário na Síria. “Ele não fez absolutamente nada para recuperar a legitimidade que perdeu com o tratamento brutal do seu próprio povo. Não há qualquer hipótese de os EUA normalizarem as relações com o Governo nos próximos tempos”, advertiu Price.

“Para haver um fim sustentável para este conflito, o Governo sírio deve mudar o seu comportamento”, declarou o porta-voz Price. Enquanto isso, concluiu: “Procuraremos apoiar a situação humanitária do povo sírio enquanto tentamos por um acordo político que acabará com seu sofrimento”.

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