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Eleições são fundamentais para a paz na Somália


Protestos em Mogadísicio, capital da Somália
Protestos em Mogadísicio, capital da Somália

Há um ano que terminou o mandato do Presidente da Somália, Mohamed Abudllahi Mohamed, também conhecido como Farmaajo. Desde então, as eleições parlamentares e presidenciais foram repetidamente adiadas, protestos seguiram-se e foram reprimidos com violência, jornalistas foram perseguidos e detidos, as reformas políticas estagnaram e terroristas do al-Shabaab continuaram a realizar ataques contra civis.

Ao longo do último ano, os Estados Unidos advertiram repetidamente que o impasse político em relação às eleições na Somália deve terminar caso ainda haja uma esperança de alcançar a paz e a prosperidade para o povo da Somália.

A 8 de Fevereiro, primeiro aniversário do término do mandato do Presidente somali, o secretário de Estado Antony Blinken anunciou restrições de visto para “funcionários actuais ou antigos da Somália ou outros indivíduos que se acredita serem responsáveis ou cúmplices por minar o processo democrático na Somália, inclusive através da violência contra manifestantes, prisões injustas ou intimidação de jornalistas e membros da oposição, bem como da manipulação do processo eleitoral. Familiares imediatos de tais pessoas também podem estar sujeitos a essas restrições”, acrescentou em comunicado.

A política de restringir a emissão de vistos foi feita sob a Seção 212(a)(3)(C) da Lei de Imigração e Nacionalidade dos EUA. Neste caso, aplica-se, disse o secretário Blinken, “a indivíduos que desempenharam um papel nas irregularidades processuais que prejudicaram o processo eleitoral, que não cumpriram as suas obrigações de implementar eleições oportunas e transparentes e que visaram jornalistas e membros do partido da oposição com assédio, intimidação, prisão e violência”-

A Somália há muito enfrenta desafios multifacetados, como instabilidade política, guerra, seca e doenças endémicas. De acordo com as projecções da ONU para 2022, estima-se que 7,7 milhões de somalis (quase metade da população do país) necessitarão de assistência e protecção humanitárias. OS somalis precisam de um Governo escolhido por eles que responda às suas necessidades.

“Os líderes dos Estados membros nacionais e federais da Somália devem cumprir seus compromissos de concluir o processo parlamentar de forma credível e transparente até 25 de Fevereiro, processo que estabelecerá as bases para uma governação responsável na Somália”, disse o secretário de Estado Blinken, que concluiu: “Os Estados Unidos apoiam fortemente o povo somali e estamos comprometidos em trabalhar juntos para promover a democracia e a prosperidade mútua para ambos os países”.

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