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EUA apoiam esforços para defender a democtracia no Mali


Líder dai junta militar do Mali, Coronel Assimi Goita
Líder dai junta militar do Mali, Coronel Assimi Goita

Os Estados Unidos apoiam as acções empreendidas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO, em defesa da democracia e da estabilidade no Mali.

Numa cimeira especial realizada a 9 de Janeiro, o bloco regional de 15 membros impôs sanções adicionais ao Mali, tendo em conta o atraso de anos na realização de eleições proposto pelos líderes militares do país. As sanções incluem a suspensão das transacções financeiras não essenciais, o encerramento das fronteiras terrestres e aéreas dos membros da CEDEAO com o Mali, e a convocação dos seus embaixadores de Bamako.

A actual liderança militar do Mali, chefiada por Assimi Goita, chegou ao poder após um golpe de Estado em Agosto de 2020, que derrubou o Presidente maliano Ibraham Keita. Em Maio de 2021, Goita demitiu o presidente interino do Mali e assumiu ele próprio a presidência. Originalmente, o governo interino do Mali prometeu realizar eleições em Fevereiro de 2022. Em Dezembro, a liderança propôs a prorrogação até 2026.

No comunicado que anunciava as novas sanções, os líderes da CEDEAO consideravam a nova linha temporal "totalmente inaceitável". Sublinharam que estavam a impor sanções para facilitar o regresso ao regime democrático.

A União Europeia, a França, e o Reino Unido estão entre os membros da comunidade internacional que se juntaram aos Estados Unidos para apoiar a acção da CEDEAO.

Falando num recente briefing do Conselho de Segurança da ONU sobre o Mali, a Embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou: "Partilhamos a profunda decepção da CEDEAO com a flagrante falta de vontade política demonstrada pelo governo de transição do Mali para avançar na organização de eleições, tal como se comprometeu a fazer após o golpe de Estado de Agosto de 2020. Instamos o governo de transição a manter o seu compromisso para com o povo maliano de devolver o seu país à democracia. É o que o povo do Mali tem pedido; é o que eles querem; é o que eles merecem. Uma transição de cinco anos não é do seu interesse e prolonga a dor do povo".

A Embaixadora Thomas Greenfield também lamentou a "situação de segurança cada vez mais volátil" no Mali. Contudo, alertou para o impacto desestabilizador das forças do Grupo Wagner apoiadas pela Rússia, com o seu padrão de violações dos direitos humanos, que representam um perigo para as forças de manutenção da paz da MINUSMA e também para o povo do Mali.

Falando directamente ao Embaixador da ONU no Mali, Issa Konfourou, a Embaixadora Thomas-Greenfield disse: "O nosso objectivo é trabalhar convosco. ...Vamos trabalhar em conjunto para trazer estabilidade ao Mali e ao seu povo e para trazer o Mali de volta à comunidade das nações onde o Mali pertence".

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