Os Estados Unidos e os seis países que compõem o Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) convocaram recentemente seu Grupo de Trabalho sobre o Irão na sede da organização em Riad.
A reunião ocorreu a 17 de novembro, 12 dias antes das negociações entre o Irão e os países P5 + 1 serem retomadas na tentativa parao regresso ao Plano de Acção Conjunto Global (JCPOA), ou seja o acordo sobre o programa nuclear do Irão, assinado em 2015.
Numa declaração conjunta, o GCC e os Estados Unidos "saudaram a sétima ronda de negociações do JCPOA em Viena e pediram um retorno mútuo urgente ao cumprimento total do acordo que ajudará a pavimentar o caminho para esforços diplomáticos inclusivos para resolver todas as questões que são necessários para garantir segurança e prosperidade sustentáveis na região”.
Os Estados Unidos e o GCC observaram que “o programa nuclear do Irão é de grande preocupação, pois Teerão tomou medidas sem qualquel necessidade civil, mas que sãoimportantes para um programa de armas nucleares e pediram que o Irão coopere totalmente com a Agência Internacional de Energia Nuclear”.
Eles também discutiram o apoio perigoso do Irão às milícias armadas em toda a região e condenaram "uma série de políticas iranianas agressivas e perigosas, incluindo a proliferação e uso directo de mísseis balísticos avançados e de Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas (UAS)”.
Os Estados Unidos e o GCC concordaram que "o Irão tem uma alternativa melhor" para essas escaladas e observaram que Teerão "pode contribuir para uma região mais segura e estável". Os membros do GCC descreveram os seus esforços para criar canais diplomáticos com o Irão e expressaram a esperança de que, com o tempo, esses esforços diplomáticos regionais se desenvolveriam para promover laços pacíficos.
Os Estados Unidos e o GCC também declararam que "laços económicos mais profundos após o levantamento das sanções dos EUA sob o JCPOA são do interesse mútuo da região".
Um dia depois da reunião do Grupo de Trabalho sobre o Irão, o Enviado Especial dos EUA para o Irão, Robert Malley, junto com representantes do GCC, Egipto e Jordânia se reuniram para discussões em Riade. Uma declaração conjunta ressaltou os benefícios que podem advir para todo o Médio Oriente se um regresso mútuo ao JCPOA fosse implementado, inclusive para o povo iraniano.
Após a reunião, o enviado especial Malley advertiu num tweet que agora havia “dois caminhos abertos para o Irão: a escalada nuclear contínua e a crise ou o regresso mútuo ao JCPOA, criando oportunidades para laços económicos e diplomáticos regionais. O tempo para escolher é curto ”, concluiu.