O secretário de Estado americano Antony Blinken assinalou o sétimo aniversário da invasão e tomada da Crimeia pela Rússia, com uma declaração na qual reiterou uma verdade básica: a Crimeia é a Ucrânia.
“A ocupação da Rússia e a crescente militarização da península da Crimeia têm implicações muito além das fronteiras da Ucrânia, e ameaçam a segurança comum do mundo”, disse o secretário de Estado Blinken. Na verdade, a ocupação tem um custo humano significativo. As autoridades de ocupação russas sustentaram uma campanha brutal de repressão contra os tártaros da Crimeia, os ucranianos étnicos e membros de outros grupos étnicos e religiosos minoritários na Crimeia. As autoridades russas invadiram mesquitas e casas, expulsaram a imprensa independente da península e emitiram longas sentenças de prisão para aqueles que se atrevessem a falar contra a ocupação. A repressão na Rússia deixou os residentes da Crimeia num estado constante de medo, incapazes de viverem livremente.
O secretário de Estado Blinken "exortou a Rússia a deixar imediatamente a Crimeia, libertar todos os prisioneiros políticos ucranianos que detém injustamente e devolver o controlo total da península à Ucrânia" e "da mesma forma exortar a Rússia a encerrar sua agressão ao leste da Ucrânia”.
As sanções dos EUA contra a Rússia em resposta à sua agressão ao leste da Ucrânia e a invasão da Crimeia permanecerão em vigor, até que a Rússia reverta o curso, enfatizou o secretário de Estado Blinken. Os Estados Unidos não reconhecem, e nunca reconhecerão, a suposta anexação da Crimeia pela Rússia.
Os Estados Unidos saúdam a nova iniciativa da Ucrânia, a Plataforma da Crimeia, que visa melhorar a eficiência da resposta internacional à ocupação da Crimeia, responder aos crescentes desafios de segurança, intensificar a pressão internacional sobre a Rússia, prevenir novas violações dos direitos humanos, proteger as vítimas da potência ocupante, acabar com a ocupação da Crimeia pela Rússia e devolver o controlo total da península à Ucrânia. A Plataforma da Criméia será lançada oficialmente numa cimeira em Kiev a 23 de Agosto de 2021.
Os Estados Unidos esperam continuar a trabalhar com a Ucrânia e os seus aliados e parceiros para acabar com a ocupação russa da Península da Crimeia e sua agressão ao leste da Ucrânia.