A 13 de Setembro, a República Popular e Democrática da Coreia (RPDC) anunciou testes com um míssil de cruzeiro de longo alcance capaz de atingir o Japão. Dois dias depois, a RPDC lançou dois mísseis balísticos na costa leste, o primeiro teste de mísseis balísticos realizado nos últimos seis meses.
Os Estados Unidos condenaram o lançamentos dos mísseis. Numa conferência de imprensa, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse: "Esses lançamentos de mísseis violam várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e sabemos que representam uma ameaça para os vizinhos da RPDC e outros membros da comunidade internacional".
O secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, declarou que "essas actividades destacam o impacto desestabilizador do programa de armas ilícitas da RPDC" e reiterou o "compromisso férreo" dos Estados Unidos com a defesa da República da Coreia (a ROK) e do Japão.
As negociações nucleares entre os Estados Unidos e a RPDC estão paralisadas desde 2019, mas o Governo Biden deixou claro que deseja retomá-las.
O porta-voz Departamento de Estado disse: “Estamos comprometidos com o princípio de que o diálogo nos permitirá procurar nosso objetivo final, que é simplesmente a desnuclearização da Península Coreana. Não temos nenhuma intenção hostil em relação à RPDC”, declarou ele. “O que procuramos fazer é reduzir a ameaça aos Estados Unidos e aos nossos aliados na região, e isso inclui a Coreia do Sul e o Japão, e cremos que podemos fazer isso por meio da diplomacia.”
Tem havido uma intensa actividade diplomática recente dos Estados Unidos e dos países da região com a Coreia do Norte na agenda.
Em meados de Setembro, o Representante Especial dos EUA para a RPDC, Sung Kim, viajou a Tóquio e reuniu-se com altos funcionários do Japão e da República da Coreia para discutir, entre outras questões, as actividades da RPDC. Os ministros das Relações Exteriores da RPC e da República da Coréia também se reuniram em Seul poucos dias depois da RPDC ter testado o seu míssil de cruzeiro de longo alcance.
O porta-voz Departamento de Estado, Ned Price, citou essas reuniões como componentes importantes do engajamento e da diplomacia que os Estados Unidos acreditam que levará a um objectivo comum dos Estados Unidos e dos países da região: “progresso significativo no caminho da desnuclearização da Península Coreana”.