O Prémio Internacional Mulheres de Coragem de 2021 foi concedido a 21 mulheres, sete das quais foram mortas em ataques no Afeganistão.
Ao intervir na cerimónia de premiação no Departamento de Estado, o secretário Antony Blinken, que se juntou à primeira-dama Jill Biden, disse que “durante 15 anos, o Departamento de Estado concedeu o Prémio Internacional de Mulheres de Coragem a mulheres em todo o mundo que mostraram força excepcional e liderança na defesa da paz, justiça, direitos humanos e igualdade de género.
Entre as mulheres homenageadas estava Maria Kalesnikava, da Bielorrússia. Ela e suas parceiras lançaram um desafio histórico ao Governo de Aleksandr Lukashenko, no poder há 26 anos e a quem enfrentaram de forma corajosa, coma prisão, após a disputada eleição.
Phyoe Phyoe Aung é uma líder emergente em Myanmar. A organização dela, o Wings Institute, facilita o intercâmbio de jovens de diferentes grupos étnicos e religiosos e promove a construção da paz e a reconciliação.
Outra vencedora do prémio, Maximilenne Ngo Mbe, dos Camarões, promoveu os direitos humanos e foi uma voz aberta entre os actores da sociedade civil, muitas vezes sacrificando a sua segurança pessoal, na procura por uma solução pacífica para a guerra civil no seu país.
Wang Yu, da China, é uma dos advogadas de direitos humanos mais proeminentes do país e enfrentou a prisão por defender activistas.
Julienne Lusenge, da República Democrática do Congo, é uma importante activista feminina na luta contra a violência de género.
Outros ganhadores do prémio são Mayerlis Angarita, da Colômbia, a juíza Erika Aifan, da Guatemala, Shohreh Bayat, do Irão, Muskan Khatun, do Nepal, Zahra Mahamed Ahmad, da Somália, irmã Alicia Vacas Moro, da Espanha, Ranitha Ghanarajah, do Sri Lanka, Canan Gulllu, da Turquia, e Ana Rosario Contreras, da Venezuela.
O secretário de Estado Antony Blinken destacou que as mulheres e meninas são muitas vezes “as mais vulneráveis aos abusos dos direitos humanos”.
“É por isso que a igualdade de direitos e dignidade de mulheres e meninas é uma prioridade da política externa dos Estados Unidos. Quando elaboramos a nossa política externa com os direitos e necessidades das mulheres e meninas em mente, a nossa política é mais eficaz, mais humana e tem mais probabilidade de fazer uma diferença duradoura na vida das pessoas”, defendeu o secretário de Estado.
Ao se dirigir às vencedores do prémio, Antony Blinken concluiu: “Vocês tornam o nosso mundo mais justo, estável, pacífico e livre. Os Estados Unidos têm orgulho de estar do vosso lado”.