O Mecanismo Residual Internacional das Nações Unidas para Tribunais Criminais confirmou recentemente a prisão perpétua do ex-comandante do Exército Sérvio da Bósnia, Ratko Mladic. Conhecido como o “carniceiro da Bósnia”, Mladic foi condenado por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos durante a guerra da Bósnia de 1992-1995.
O Presidente Joe Biden saudou a decisão em comunicado: “Meus pensamentos hoje estão com todas as famílias sobreviventes das muitas vítimas das atrocidades de Mladic. Nunca poderemos apagar a tragédia da suas mortes, mas espero que o julgamento de hoje dê algum consolo a todos aqueles que estão de luto”.
Como ex-comandante do Exército sérvio da Bósnia, Mladic foi uma figura-chave na campanha com o terrível objectivo de remover permanentemente as populações bósnias e croatas da Bósnia e Herzegovina do território controlado pelos sérvios, que levou à morte de mais de oito mil homens e meninos muçulmanos na cidade de Srebrenica em 1995. “Os crimes cometidos na Bósnia e Herzegovina marcam um dos capítulos mais sombrios da história após a Segunda Guerra Mundial”, disse o secretário de Estado António Blinken em comunicado.
“Apesar dos esforços dos autores para silenciar as testemunhas, manter enterradas as provas dos seus crimes e evitar mandados de prisão, a justiça prevaleceu neste caso”, declarou o secretário Blinken. “Exaltamos a coragem e a resiliência dos sobreviventes e seus entes queridos que continuaram a lutar pelo reconhecimento oficial desses crimes”, acrescentou o secretário de Estado.
À medida que o 26º aniversário do genocídio de Srebrenica se aproxima, o secretário Blinken expressou esperança de que “o veredicto da Câmara de Apelações traga paz às vítimas e seus entes queridos”. Ele também expressou o seu agradecimento ao Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Criminais pelo trabalho de anos que terminou com a condenação de Mladic.
O Presidente Biden disse que “esse histórico julgamento mostra que aqueles que cometem crimes horríveis serão responsabilizados. Também reforça a nossa determinação compartilhada de evitar que atrocidades futuras ocorram em qualquer lugar do mundo”.