Há dez anos atrás, o povo do Sudão do Sul votou para se separar do Sudão, e no meio de grandes esperanças e muita alegria, a mais recente nação do mundo nasceu a 9 de Julho de 2011.
Mas a euforia daqueles primeiros dias transformou-se demasiado cedo em desespero em muitas partes da nação da África Oriental, porque em Dezembro de 2013, uma luta pelo poder entre o Presidente Salva Kiir e o Vice Presidente Riek Machar transformou-se numa guerra civil. A guerra civil terminou formalmente com um acordo de paz assinado em 2018. No entanto, a violência continua, de facto, a aumentar, de acordo com um relatório de Fevereiro da Comissão dos Direitos Humanos da ONU no Sudão do Sul.
Uma declaração da Troika - os Estados Unidos, o Reino Unido e a Noruega - afirmou: "Nos primeiros dez anos da história deste jovem país, assistimos a muito sofrimento, devido a abusos relacionados com conflitos, fome, inundações e doenças... A Troika insta a uma acção imediata para garantir o acesso à ajuda humanitária e para pôr fim à violência contra os sul sudaneses e os trabalhadores humanitários que os servem... Poucos dos benefícios tangíveis do [acordo de paz de 2018] são vistos pelos cidadãos comuns".
Numa declaração separada, a Administradora da USAID Samantha Power acrescentou: "Os líderes do Sudão do Sul têm desperdiçado a boa vontade mundial, as receitas petrolíferas do país e inúmeras oportunidades de elevar a sua população de 12 milhões de pessoas. Hoje, quase dois terços da população do Sudão do Sul enfrenta, mais do que nunca, a fome. Além disso, 3,8 milhões de pessoas - um terço da nação - continuam deslocadas; 2,2 milhões como refugiados nos países vizinhos, e 1,6 milhões internamente".
O governo do Sudão do Sul deve servir os seus cidadãos e os seus líderes devem colocar o seu povo em primeiro lugar, disse a Troika e a Administradora Powel, respectivamente. Para além da cessação da violência, "os preparativos para eleições pacíficas, credíveis e inclusivas devem começar com seriedade; devem ser criadas forças unificadas; devem ser plenamente estabelecidos mecanismos de justiça transitórios; e reformas financeiras fundamentais devem ser feitas o mais rapidamente possível".
Agora, quando o Sudão do Sul entra na segunda década da sua existência, "a Troika congratula-se com os progressos alcançados, mas insta os signatários a aceitarem a responsabilidade pelos seus compromissos e a irem muito mais longe, muito mais depressa"; e a Administradora Powel disse: "É tempo dos líderes do Sudão do Sul cumprirem as promessas dos acordos de paz que assinaram, e iniciarem a difícil tarefa de construir a nação com que sonharam durante décadas na sua luta pela independência".
Anncr: That was an editorial reflecting the views of the United States Government.