O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo recente e horrível ataque terrorista ocorrido em Bagdade, a 21 de Janeiro, quando dois homens-bomba explodiram seus coletes no centro da capital iraquiana. Mais de 30 pessoas morreram e pelo menos 100 ficaram feridas no movimentado mercado da Praça Tayaran. O ataque foi planeado e executado para produzir o maior número de vítimas mortais.
Esse tipo de ataque mortal contra civis em Bagdade era raro nos últimos anos. A cidade regressa gradualmente à vida normal depois que a Coaligação Global contra o Estado Islâmico, liderada pelos EUA, derrotou e retirou o controlo grandes áreas do Iraque e da Síria àquele grupo terrorista. O Estado Islâmico perdeu o seu último reduto em Raqqa em 2019, embora os remanescentes continuem a realizar ataques na Síria e no Iraque.
Os Estados Unidos estão a reduzir as suas forças no Iraque. O secretário de Defesa Lloyd Austin disse durante a sua recente audiência de confirmação no Senado que continua preocupado com a ameaça representada pelo Estado Islâmico no Iraque e noutros lugares. “Eu apoio a manutenção de um pequeno número de tropas americanas para realizar uma missão limitada enfocada em aconselhar e ajudar as forças de contraterrorismo iraquianas a lidar com a ameaça contínua do Estado Islâmico”, disse no Comité de Assuntos Militares do Senado.
O porta-voz da Coligação Global Contra o Estado Islâmico, coronel Wayne Marotto, disse num tweet que o duplo atentado suicida em Bagdade "é mais um exemplo de terroristas que matam companheiros iraquianos e prejudicam aqueles que buscam a paz".
A Embaixada dos Estados Unidos em Bagdade classificou o ataque como "um acto repreensível de covardia que ressalta os perigos do terrorismo que milhões de iraquianos ainda enfrentam".
Em comunicado, o então secretário de Estado em exercício Daniel Smith condenou "nos termos mais fortes possíveis [os ataques terroristas de 21 de Janeiro] em Bagdade”.
“Eles foram actos crueis de assassinato em massa e um sério recordatório de que o terrorismo continua a ameaçar a vida de iraquianos inocentes”, escreveu ele.
“Expressamos as nossas mais profundas condolências às famílias das vítimas e desejamos uma rápida recuperação dos feridos”, concluiu o então secretário de Estado em exercício Daniel Smith.