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Estados Unidos empenhados em responsabilizar criminosos de guerra


Uma cruz vermelha é vista sobre o rosto de Augustin Bizimana (em cima ao centro), um dos fugitivos mais procurados do genocídio de Ruanda em 1994, ao lado do rosto com cruz vermelha de Felicien Kabuga (em cima à dir) que foi preso. (Arquivo)
Uma cruz vermelha é vista sobre o rosto de Augustin Bizimana (em cima ao centro), um dos fugitivos mais procurados do genocídio de Ruanda em 1994, ao lado do rosto com cruz vermelha de Felicien Kabuga (em cima à dir) que foi preso. (Arquivo)

Os Estados Unidos estão empenhados em levar à justiça indivíduos culpados de atrocidades em massa em todo o mundo. O Programa de Recompensas de Crimes de Guerra tenta ajudar a atingir esse objectivo.

O programa oferece recompensas de até 5 milhões de dólares por informações que levem à prisão, transferência ou condenação de certos indivíduos procurados por crimes de guerra, genocídio ou crimes contra a humanidade aos tribunais internacionais.

O programa é administrado pelo Escritório de Justiça Criminal Global do Departamento de Estado dos EUA, que é chefiado pelo Embaixador Geral da Justiça Criminal Global, Morse Tan.

Em entrevista, o embaixador Tan disse que actualmente o Programa de Recompensas de Crimes de Guerra (WCRP) procura seis indivíduos ainda foragidos pelo seu papel no genocídio que matou pelo menos 800 mil homens, mulheres e crianças no Ruanda em 1994.

Em maio de 2020, como observou o Embaixador Tan, um dos criminosos de guerra na lista do programa foi preso:

“Felicien Kabuga, que era o principal financiador e indiscutivelmente um dos maiores promotores do genocídio em Ruanda, foi detido num subúrbio nos arredores de Paris. Ele encontrava-se foragido há mais de 26 anos e era o primeiro nome do programa de crimes de guerra. Portanto, a sua prisão foi um passo importante”, disse.

Os seis ruandeses que ainda fazem parte da lista do Programa de Recompensas de Crimes de Guerra e procurados pelo Mecanismo Internacional pelo seu papel no genocídio são Proteais Mpiranya, Fulgence Kayishema, Aloys Ndimbati, Pheneas Munyarugarama, Charles Sikubwabo e Ryandikayo.

Qualquer pessoa que tiver informações sobre elas pode entrar em contacto com o Programa de forma totalmente confidencial, enviando um e-mail para WCRP@state.gov ou através do WhatsApp ou mensagem de texto para + 1-202-975-5468.

O Embaixador Tan disse ser crucial que não haja impunidade para as atrocidades cometidas por essas pessoas.

"E isso é para se fazer justiça, mas também desempenha um papel preventivo em termos desses tipos de crimes em massa. A responsabilização é a melhor forma de evitar que tais injustiças graves voltem a acontecer no futuro”, concluiu Embaixador Geral da Justiça Criminal Global Morse Tan.

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